domingo, 20 de dezembro de 2015

Este é o roteiro pretendido, mas sabemos que numa viagem assim o podem ocorrer alterações que venham a mudar os destinos de cada dia.

Importante frisar que tentaremos acampar na maioria dos dias. Pensamos em fazer dois dias acampando para um em hotéis, albergues, pousadas etc.

Projeto Atacama 2015
Dia Data Cidades Km
28/dez Curitiba a Ituzaingo - AR (via Barracão-PR) 971
29/dez Ituzaingo a Santiago del Estero 857
30/dez Santiago del estero  a Villa Vil (via Tafi del Valle - Asfalto) 459
31/dez Villa Vil a Antofagasta de la Sierra + passeios 181
01/jan ADLS a Antofalla + passeios 150
02/jan Antofalla a Tolar Grande + passeios 200
03/jan Tolar Grande a La Poma 284
04/jan La Poma a Cafayete (com Cachi e Quebrade de Las Flechas) 210
05/jan Cafayete - descanso e bodegas de vinho 200
10º 06/jan Cafayete a Humauaca 425
11º 07/jan Humauaca a Iruya a Purmamarca 216
12º 08/jan Purmamarca a San Pedro de Atacama 450
13º 09/jan Uyuni 0
14º 10/jan Uyuni 0
15º 11/jan Uyuni 0
16º 12/jan Uyuni 0
17º 13/jan SPA a Antofagasta 312
18º 14/jan Antogafasta a Copiapó 539
19º 15/jan Copiapó a Fiambala 480
20º 16/jan Fiambalá a Villa Angela 980
21º 17/jan Villa angela A Bernardo de Irigoyen 849
22º 18/jan Barracão a Curitiba 558
       
       
       
       
    Kilometragem total estimada 8321

Novos Rumos


Depois de dois anos de minha última viagem finalmente poderei me aventurar novamente pelo exterior e me perder pelos caminhos num novo rumo incerto.

Dia 28 se inicia a Expedição Desertos Andinos, que vai rodar pelos desertos do noroeste da Argentina, deserto de Atacama no Chile e deserto de Silioli onde fica o salar de Uyuni na Bolívia.
Serão 20 a 22 dias de viagem por localidades com altitudes acima dos 3 mil metros com calor de dia e muito frio a noite.

Desta vez não vou sozinho, vou com mais três amigos que conheci pela internet, são eles: Beatriz Goes, Edmar Lucas de Ponta Grossa - PR e Adriano Liziero de Santos - SP.
Além deles seguem juntos o casal de aventureiros de São Paulo capital, Glauber Santos e Erika que nos acompanharão com sua Chevrolet S10.

Tudo isso me deixa mais tranquilo e seguro para me aventurar pelas estradas do mercosul.

E que venham as estradas.





segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

29º e 30º dia DIA – 18 e 19/01/2014 – domingo e segunda.



29 dia – Domingo – Santana do Livramento a Imbituba (SC) – 860

Acordei cedo e resolvi fazer uma comprinha pois tinha 100 dolares sobrando. Fui ate Rivera e as 9 já tinha algumas lojas abertas. Estava querendo um perfume, Amarula e talvez um par novo de telefones sem fio. Bati perna pelas 5 ou 6 lojas que estavam abertas no domingo e não achei telefones no valor que queria. Comprei o perfume, o Amarula e piquei a mula.

Fui até o estacionamento que ficava a 3 quadras do hotel, peguei a chave da Ranger, completei a água e daí fui ao hotel pagar e pegar as malas.
Sai as 11 da manhã. Segui em direção a Porto Alegre para depois pegar a BR 101. Estrada boa, mas pista simples e com muitos sobe e desce. E o calor gentemmmmm. O que era aquilo. Acho que estava uns 40 graus. E eu com medo que minha gambiarra estragasse. O ar condicionado da Ranger não estava aguentando com o calor, então segui com as janelas abertas.

Quando se chega a Porto Alegre não é necessário nem entrar nela, a Freway rodeia a cidade e é só engatar uma quinta e sair rodando.
Foi ai que comecei a notar uma perda de potencia na Ranger. Quando pegava uma subida ela já não respondia com rapidez. Estava mais fraca e chocha.

Mesmo assim fui tocando com o olho na temperatura. Deu pra tocar até Imbituba – SC onde achei, por indicações, um hotel de beira de estrada que tivesse AC e ventilador de teto, o que com o calor que fazia era imprescindível para um curitibano como eu acostumado a temperaturas de no Max. 30 graus.

30º dia – Segunda feira – Imbituba a Curitiba 442 Km (com desvios)

Já estava ansioso para chegar a Curitiba de modo que sai cedo. ‪#‎SQN‬...

Pra variar dormi demais. Sai lá pelas 10:30 e pelo que dizia o GPS eu chegaria em Curitiba as 13:30. Sonha Marcelino....

Chegando na entrada de Floripa, anda, para, anda, para, anda, para... E assim foi nesse ritmo e depois da entrada da cidade deslanchou. Eu pensei ”Oba, agora a coisa vai”. Vai é parar de novo.

Depois de Florianópolis e logo depois do primeiro pedágio em direção ao norte começou mais um para e anda. E eu ansioso e nervoso com a Ranger, pensando que naquele calor ela já ia ferver e se acabar por ali mesmo. E assim seguimos até a entrada para Brusque quando eu emputeci e pensei “já que estou de férias, vamos passear mais um pouquinho”. Entrei para Brusque, uma estradinha de mão dupla e cheia de curvas com caminhões. Lenta... mas pelo menos andava, nem que fosse a 60 por hora, qualquer coisa era melhor do que andar 10 metros e parar de novo e assim sucessivamente.

De Brusque fui a Gaspar, dali a Blumenau, então segui uma rodovia que me deixou depois da entrada de Joinville (ou seja antes da entrada para quem vem do norte).

Chegou a subida da serra, e eu nervoso. Parei, tomei uma água de coco gelada, um copo de caldo de cana. Completei água no radiador e no reservatório e comecei a subir.

Ai é que eu vi que realmente alguma coisa deve ter acontecido com o motor. A Ranger estava chocha que só, cheguei a baixar pra 3ª marcha a 60 Km/h na subida. E a temperatura subindo. Ou seja, deve ter queimado a junta do cabeçote e algum(s) pistão(ões) perdeu compressão.

Passado a parte mais forte da serra, segui mais tranquilo, sem forçar e por fim cheguei em casa ao som de “infinita Higway” dos Engenheiros do Hawai.

Afinal amigos:
“Nós não precisamos saber pra onde vamos, nós só precisamos ir.”

27º e 28º DIA – 16-17/01/2014 – sexta, sábado



27º dia – sexta - Mendoza a Nagoya (Entre Rios) – 1000 Km.

Paulada... Mesmo com a Ranger fervendo e com problemas de arrefecimento fiz esta loucura de rodar 1000 Kms em um deserto de 45 graus. Foi de lascar.

O Ar condicionado não estava mais conseguindo esfriar de tanto calor que estava. Foi melhor desligá-lo e seguir com as todas as janelas abaixadas. Um inferno de porta aberta. A cada 200 Km eu dava uma verificada e completava o nível de água. Assim não tive problema de aquecimento e pude rodar num ritmo de uns 100 Km/h tranquilamente.

Inicialmente eu queria ficar em Rosário, uns 100 Km de onde fiquei. Mas achei que era cedo pra parar. Resolvi tocar mais 56 Km até Victória. Chegando lá fiquei procurando lugar para dormir... Fui em vários hotéis (pq sem AC não daria pra dormir) e nada de ter lugar. Comecei a desconfiar... Perguntei num outro hotel pq estava tudo lotado e eles me informaram que sábado e domingo teria o Carnaval da cidade que era muito bem cotado na região e por isso tudo estava lotado. Até achei lugar para dormir, mas era uma suíte com hidromassagem e custava os olhos da cara.

Decidi seguir para a cidade seguinte, Nagoya, em cujo Gran Hotel, no ano passado meu tio foi roubado em 800 doletas. Claro que não fiquei no mesmo hotel e sim num outro que era melhor, o Hotel Luz. Bom quarto, boa internet (quando funcionou) e preço justo, 230 pesos, algo como 60 reais, mais ou menos.

28º dia – Sabado - Nagoya a Santana do Livramento – 540 Km

EU pretendia chegar mais longe no dia de hoje, mas problemas alfandegários e com a Ranger me fizeram rodar menos.

Como já relatei, a Ranger andava fervendo um pouco as vezes e eu tinha de completar a água do reservatória de expansão e do próprio radiador às vezes. So que desta vez a temperatura subiu e eu não vi. Quando vi e parei, abri o capô e vi que tinha quebrado um peça de plástico do arrefecimento do motor e por ali vazava toda água que eu colocasse. Foi a terceira vez que ferveu na viagem e desta vez a temperatura foi lá pro vermelho. Achei que o motor ia pro espaço.

Olha daqui, pensa dali, fuça daqui e nada dentro do carro tinha o formato adequado para tapar o buraco...

Então eu achei a única coisa que cabia certinho no buraco aberto: uma caneta esferográfica... Não tive dúvidas, foi aquilo mesmo. E ficou bom, pois quando se fechava o capô, a tampa agia como uma trava, forçando a caneta no orifício aberto e vedando quase que totalmente o lugar. Coloquei a caneta, um super bonder e mandei ver até Feira de Santana, divisa com Rivera – Uruguai. Tudo isso com o C# na mão.

Cheguei em Rivera, dei baixa no passaporte e achei um hotel a 90 pilas com AC. Por ali fiquei.

Antes de dormir fui deixar a Ranger no estacionamento do hotel e substitui a caneta por uma peça de metal de um utensílio doméstico que comprei na Argentina, antes de sair de lá. Ele tinha um cabo de metal que ia aumentando de diâmetro, o que era perfeito para se encaixar no lugar da caneta. Tirei a caneta, sequei bem o local, passei mais super bonder, coloquei a peça de metal e depois uma cola com o nome de “pra que prego”. KKKKK

26º DIA – 16/01/2014 – quinta feira



Mendoza

Resolvi que vou dar um tempo hoje aqui em Mendoza. Porém não fui fazer passeios em bodegas e etc. Fui apenas passear a pé e a tarde de carro.

Sai pela manhã para conhecer as ruas da cidade. Aqui quase todas as ruas são bem arborizadas e sombreadas o que, com o calor que faz por aqui no verão, é mais do que adequado. Sério gente, deu 40 graus a tarde. Fui a Av. San Martin, a principal, na Plaza Independência, Plaza San Martin e fiquei batendo pernas por ali entrando em lojas, vendo como era o ritmo da cidade. Na volta passei em um restaurante que estava aceitando dólar a 1 por 11 !!! Eu tinha uma nota de 20 dolares e almocei uma parrilada (churrasco) com salada e cerveja e ainda sobou um bom troco.


Voltei para o hotel e já era a hora da siesta. A rua estava quase deserta. Um baita contraste com as ruas fervilhando de gente de antes. Mas com um calor de mais de 40 graus não tem como não querer se esconder. Eu voltei para o hotel para dar uma dormidinha e só acordei as 5:30 h...
Então fui até o parque da cidade que tem um morro onde eles colocaram algumas estátuas e tem um belo visual e depois tentei ir numas bodegas. Tudo estava fechado as 19:00 h. Pensei que fechavam mais tarde por causa da siesta... Me lasquei.

Voltei para o hotel. Comprei mais uns vinhos e fui dormir. Alias comprei 32 vinhos para mim e 3 para um amigo.

24º e 25º DIAS – 14 e 15/01/2014 – terça e quarta.




24º dia
Hornopirén a Curicó– mais ou menos 900 km

Dia de estradão apenas, nada a relatar a não ser q a Ranger ferveu uma vez só.
Uma nota importante: que estrada esta do Chile, quase que impecável. Pista dupla de Puerto Montt a Santiago onde vc engata uma 5ª. E vai embora, só reduz pra parar nos diversos pedágios e quando quiser para naqueles postos espetaculares da Copec....
Dormi no Hostal Boutique Oregon. Foi na indicação do GPS. Ótimo, só não ganha excelente pq não tem onde colocar o sabonete no banho e o papel higiênico fica solto em cima do vaso sanitário. Ok, ok, a porta do banheiro tbm estava suja. Mas pelos padroes da minha viagem, ficar num quarto com 5 camas...... uau.


25º dia
Curicó a Mendoza – 544 Km
Deslocamento, mas por um caminho bonito ao menos. A cordilheira dos Andes. Só que as estradas me deixam nervoso. E aqueles túneis ainda??? Que é aquilo. Parece q não acaba. Dá até uma certa claustrofobia.
E então chega Los caracoles...
Curvas e mais curvas subiiiiindo, subiiiindo. Chega-se a uma altitude de 3.200 m, meu novo recorde pessoal. Logo terei de bater este recorde. Só que eu não parei para tirar fotos. Estava cansado de estrada e não queria ficar atrás de caminhões.
Depois chega a aduana integrada... Pense num troço lento. Acho que perdi bem umas 2:30 h a 3 h por lá. Uma fila enorme de carros que foi de lascar.
Despois da chatisse, começa a descida dos Andes. E no meio da descida tinha um acidente. Mais meia hora perdida. Resultado, o que era para ser 7 horas foram mais de 10 horas de estrada.
Um visual muito bonito, mas eu á ando mareado de estrada, nem parei para tirar foto. Só em movimento (poucas).

23º DIA – 13/01/2014 – segunda.



Chaitén a Caleta Gonzalo a Hornopirén– 70 km.

Hoje foi o caso de: quem não se comunica se trumbica.

Como falei em outro relato comprei passagens para ir de ferry de Caleta Gonzalo a Hornopirén. O caso é que não me informei bem como seria esta travessia nem como era a tal Caleta Gonzalo. Só sabia que sairíamos as 15:45 h.

Bueno, as 9:00 h terminei o café da manhã, peguei as coisas, fui para o carro. Completei a água do radiador e dei uma geral nas coisas que estavam um pouco bagunçadas. Sai lá pelas 10 para as 10 h pensando em chegar em Caleta Gonzalo e passear pela “vila”. Mais 5 km de asfalto e 55 de uma boa estrada de terra. O detalhe que chama a atenção neste trecho é que ele passa por um pedaço da floresta destruído pela erupção do vulcão Chaitén em 2008. Essa erupção destruiu também boa parte da cidade que ainda esta se reestruturando. Outro fato curioso da estrada é que um trecho dela faz parte de uma pista de pouso!!! Cuma??? Isso mesmo, seu leito é uma pista de pouso, de modo que tem uma cancela para fechar a estrada se um avião for pousar.

É tbm um trecho de grande beleza dentro de um parque natural privado, o Parque Pumalin. Na estrada podemos ver vulcões nevados, lagos e fiordes quase sem nenhuma população. A organização tbm é impecável com trilhas bem delimitadas, locais para acampamento, cabañas para alugar (80 reais para 4 ocupantes), centro de informações turísticas, restaurante e lanchonete etc.

Só que a minha surpresa é que Caleta Gonzalo é apenas um embarcadouro que tem apenas a estrutura que relatei... Não é uma Vila!!! Cheguei lá as 11:10 h e teria de esperar até 15:45 h sem ter o que fazer... Bem, fiquei batendo perna pelas instalações e em uma trilha q ficava perto do cais.

Chegada a hora, cadê o ferry???? Perguntei pro encarregado e ele me disse que no outro embarque tinham muitos carros e por isso demorou. Tbm disse que o outro trecho de balsa estava atrasado. Como é??? Tem outro trecho de balsa? Isso mesmo, pega-se a balsa primeiro para um trecho de 40 minutos até um embarcador no fiordo Largo depois segue por 10 Km de estrada de terra (de novooooo) e pega outra balsa, desta vez maior e tem o trecho de sei lá quantas horas de ferry até Hornopirén.

Ai meus deuses... Muito legal, mas cansativo. Resultado: saímos atrasados, demoramos a sair com o outro ferry e só chegamos em Hornopirén as 21:30 h. Deu até para cochilar dentro da caminhonete. Pena que hoje o dia não colaborou e estava mais nublado que com sol. Assim não deu para curtir tanto o passeio de ferry. E pensar que o outro ferry que eu queria pegar seriam 12 horas de navegação..... pense nisso!!!

Chegar para se hospedar numa cidade a noite é um porre, a gente acaba pegando o que vier pela frente e no meu caso, foi mais uma hospedagem com banheiro compartilhado. Fazer o que né?

Mañana tem o fim do fim da Carretera até Puerto Montt e daí por diante é caminho da roça. Vem os tediosos trechos de deslocamento sem muitas atrações no caminho.

Ainda tenho que planejar mais para ver até onde consigo chegar no dia. Estou achando que poderei chegar dia 21.

22º DIA – 12/01/2014 – domingo.




Puyuhaupi ao Ventisqueiro e a Chaitén – 260 km.

8:30 h eu estava tomando o café, pãezinhos mal dormidos do dia anterior. Mas como não tinha ninguém pra reclamar ficou por isso mesmo.

Sai direto para o Parque Queulat para fazer a trilha do Ventisqueiro Colgante. Voltei 30 km daquela estradinha de terra, paguei a entrada e segui para o estacionamento. Lá chegando encontrei uma turma de viajantes brasileiros vindos do Rio Grande do Sul. Estavam em uns 6 veículos.

Tinham duas trilhas, uma mais curta ia para uma pequena laguna e dava uma visão muito ao longe do glaciar. A outra, de 3.3 Km, subia um morro ao lado para ter uma visão bem melhor da atração.

Então vamos caminhar. Primeiro trecho até a base do morro, tranquilo. Segundo trecho, começa a subida em dezenas de zigue zagues. Na volta eu contei e foram mais de 30 curvas para suavizar a subida. Chegando ao alto a trilha se estabiliza se tornando quase reta a não ser por alguns sobe e desce não muito fortes. Anda-se na crista do morro quase por todo o caminho, assim geralmente têm ladeiras para os dois lados da trilha.

Confesso que com meu físico de sedentário que sou, sofri na parte da subida, mas o restante do caminho foi uma caminhada de média dificuldade. Eu me admirei com minha capacidade. Fiquei imaginando que se eu fizesse exercícios físicos mais rotineiramente seriam muito mais fáceis estas minhas viagens.

Quando se chega ao mirante e se descortina aquela maravilha antes seus olhos todo o cansaço é esquecido e eu fiquei de boca aberta ante aquela beleza. Eu já usei esta palavra neste relato? ESPETÁCULO. A geleira e as duas cascatas de derretimento que caem de uma altura de centenas de metros e de deixar a gente boba. Fiquei lá uns 20 minutos, tirei dezenas de fotos e claro que pedi para uma pessoa tirar fotos de mim mesmo.

Desci de lá em êxtase, feliz da vida por mais um objetivo alcançado. Infelizmente, apesar de terem outros lugares para se ver no parque eu estou com o cronograma atrasado devido a quebra da Ranger e tinha que seguir a Chaitén.

Então mais ou menos as 13:30 h peguei novamente a estrada voltando 30 km a Puyuhuapi para abastecer e pegar o penúltimo trecho de estrada de terra até Chaitén. Aviso aos que querem se aventurar: este trecho está sendo asfaltado e se anda quilômetros e quilômetros sobre britas com muita, mas muiiiiiiiiiita poeira. Mais até do que as estradas que eu peguei até agora. Tem um trecho de uns 5 a 6 km com asfalto novo e uns 50 desde um rio que não lembro o nome meu destino de hoje. O resto é pó, pó, pó, pó, pó, pó, pó, pó e mais pó. Além do mais tem que se ficar muito atento pq desliza muito, não se pode descuidar. Fica-se muito tenso neste trecho para no final ter o alivio dos últimos km de asfalto.

Pouca opção de hospedagem, uma boa, porem cara, e outras meia boca. Fiquei novamente numa casa de família bem fuleira, mas não sou de luxo mesmo.

Hoje (13/01) serão 60 Km de terra, balsa e daí pra frente só asfalto. Uebaaaa.

21º DIA – 11/01/2014 – sábado.




Villa Cerro Castillo a Puyuhaupi - 258 Km de asfalto e 57 de terra.

Acordei tarde, para variar. Tomei o desayuno as 8:30 e fui para estrada. Destino: Coihaique....


Pela primeira vez na Carretera por asfalto. Um tapete de estrada. Passei tbm pelos caracoles da Carretera que sempre aparecem nas fotos quando se pesquisa sobre ela. Montanhas nevadas, montanhas de terra nua, florestas frias de ciprestes e as sempre presentes lagoas e cascatas.

Cheguei em Coihaique para comprar a passagem para Puerto Montt. O ferry saia no domingo, e era sábado... Pensei: vamos ver se dá. Mas não dava, não tinha mais espaço no ferry de domingo. Quando então??? Só sexta feira que vem... O que?????????? Que bo$%@. Não tem outro jeito? Só se vc for a Caleta Gonzalo, que é 60 km de terra a frente de Chaitén, lá tem ferry todos os dias indo a Hornopirem, perto de Puerto Montt. Bueno, se não tem outro jeito.

Comprei a passagem para segunda as 15:30 h. Acho que assim vai ser melhor, vou fazer a Carretera INTEIRINHA.

Agora terei que rodar mais para estar em Caleta Gonzalo segunda-feira a tarde. Segui então para Puerto Cisnes pensando em posar lá para no outro dia sair cedo e conhecer o Ventisqueiro Colgante.

Pé na estrada, asfalto ainda. Segue aquele tapete de estrada até a bifurcação para Puerto Cisnes. Como ainda estava bem cedo, resolvi encarar os últimos Kms até Puyuhaupi. Aqui a estrada entra numa floresta de fazer inveja a Serra Do Mar no Paraná. É o Parque Queulat. E como estávamos no alto da serra, para se chegar ao litoral tem que descerrrrrrrr. E tome descida nisso.

Um zigue zague tão grande que fotografei o GPS para vcs verem.

Então termina a serra e começamos a seguir perto do nível do mar. É o Pacífico aparecendo em uma enseada. Antes disso, a 30 km da cidade tem a entrada do Ventisqueiro. Pensei em acampar pela primeira vez, mas o camping lá era muito precário.

Segui até Puyuhaupi e  fiquei na hospedagem Carretera Austral, só para combinar.

No outro dia fui ao ventisqueiro antes de seguir a Chaitén, penúltimo trecho antes da balsa e da civilização.

Obrigado aos que estão mandando bons fluidos para a minha viajem.

Um abraço aos viajantes virtuais.

20º DIA – 10/01/2014 – sexta



Cochrane a Villa Cerro Castillo - 274 Km

Após o teste pela manhã da caminhonete resolvi seguir viagem para Puerto Tranquilo e ver as Capillas de Marmol. O dia estava fantástico, muito sol, poucas nuvens e pouco vento. Novamente segui na barranca do rio Baker até a localidade de Puerto Bertrand, no lago do mesmo nome. Gente, aquelas fotos onde a água aparece azul não é falso não, não mexi nada na foto. O rio é azul turquesa mesmo e em outros trechos verde claro.


Depois do rio tem a beira do lago General Carrera de novo, só que desta vez do outro lado, o contrario da ida a Chile Chico. Outro espetáculo azul e verde das matas ao redor. Sim, pq no lado que vai a Chile Chico as coisas começam a ficar cinzentas quando se está perto da fronteira com a Argentina, mas do lado chileno tem muito verde e várias florestas.

A 6 Kms de Puerto Tranquilo (depois para quem vai pro sul e antes para quem vai pro norte) tem uma placa que diz “Bahia Mansa”. Ali partem passeios para as Capillas e é muito mais perto das formações do que sair da vila. Além disso é mais barato por sua proximidade. Quando eu cheguei tinha um casal com uma filha quase saindo e me juntei ao grupo. Saiu por apenas 7500 Pesos chilenos. Na vila é bem mais caro, acho que 20000 por cabeça.

O barquinho zarpou e logo estávamos nas formações. Gente, é realmente impressionante aqueles cogumelos de mármore cinza azulado, branco e de diversas tonalidades emergindo das águas azuladas e quase transparentes do lago. Gente é lindo demais. Tirei foto até de pedra submersa de tão impressionado que estava. São 3 formações: a capela, que é a menor; a catedral e o túnel. O legal é que dá para entrar nas formações e passear por dentro delas de barco. No túnel inclusive, dá para descer do barco para se tirar foto. É interessante ver a erosão da água deixar na pedra umas marcas parecidas com escamas de peixe.

DEMAIS.

Mais uma das minhas metas alcançadas.

Como ainda era cedo e eu tinha perdido 3 dias parado resolvi seguir viagem para Villa Cerro Castillo. A estrada segue fazendo imensos zigue-zagues pelas montanhas e por lá se chega a Vila que falei. Fiquei na hospedagem (esqueci o nome) que tinha restaurante e onde eu comi parte de um enorme sanduíche de bife com ovo.

Só por hoje.